sábado, 1 de dezembro de 2007

PEIXES DO LITORAL BRASILEIRO

PEIXES DO LITORAL BRASILEIRO

Nesta parte , procuraremos descrever os peixes esportivos normalmente encontrados nas águas brasileiras. A princípio os peixes de interesse para caça submarina, podem ser divididos em dois grandes grupos:

- Peixes de passagem ou de corrida
- Peixes de toca ou territoriais

Os peixes de passagem habitam praticamente todo o oceano realizando migrações quase sempre em cardumes, alimentando-se de peixes menores de outros cardumes e moluscos, aproximando-se das costeiras dos continentes
e ilhas oceânicas onde há maior oferta de alimentos. Normalmente os peixes de passagem apresentam pouco colorido sendo na maioria cinza-prateados. A parte dorsal destes peixes é normalmente cinza-escuro, o que os torna pouco visíveis se vistos de cima; a coloração ventral é esbranquiçada, tornando os peixes também pouco visíveis quando em contraste com a luz branca do sol refletida na superfície da água. É o mimetismo que a natureza concedeu-lhes para que possam caçar mais facilmente seu alimento. O corpo é geralmente fusiforme, afilado nos flancos, permitindo grande mobilidade e velocidade.

Os peixes de toca habitam nas rochas das costeiras, parcéis ou das ilhas, definindo seu habitat numa área aproximada de um quilômetro quadrado, onde circulam em busca de alimento. Os peixes de toca apresentam um colorido mais forte e a propriedade de mimetizar-se com o ambiente onde vivem, seja para caçar ou se defender dos predadores. Seu corpo é mais arredondado nos flancos, acumulando uma quantidade de gordura na epiderme. Preferem o final de tarde ou as primeiras horas da manhã para caçar seu alimento.

Polvo

Octopus vulgaris

Filo: Mollusca Classe: Cephalopoda Ordem: Octopoda Família: Octopodidae

Nome em inglês: Octopus

O polvo apresenta oito braços com ventosas. Pode assumir diversas colorações, mimetizando-se no meio ambiente. Alimenta-se de moluscos, peixes e crustáceos, sobretudo lagostas e caranguejos. um indicio que tem polvo na loca ,são pedrinhas e casca de sururu(mexilhão) na entrada da loca. A melhor forma de capturá-lo é com o bicheiro (fisga) se aproximando e usando um golpe rápido , tentando atingir a cabeça , para ele não usar as ventosas e complicar a captura.

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Panulirus argus

Subclasse: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Família: Palinuridae
Nome em inglês: Spiny lobster

A lagosta, crustáceo reptante, é a espécie mais comum do litoral brasileiro, ocorrendo desde o Nordeste brasileiro até São Paulo. É marinha, e seu habitat pode ser locais de vegetação ou áreas rochosas, desde que exista abundância de moluscos e anelídeos. Durante o dia, permanece em seu abrigo (cavidade de rochas, corais ou emaranhados de algas), com o corpo oculto e antenas estendidas. À noite, sai em busca de alimento, retornando ao abrigo de manhã.
Quando ameaçada, a lagosta dobra o abdômen, com a nadadeira caudal aberta em leque, ao mesmo tempo em que mantém as patas e antenas orientadas para a frente, facilitando assim um rápido deslocamento. Sua dieta consiste principalmente em animais mortos.
O melhor material para capturar lagostas é a famosa fisga ou bicheiro. Na hora de fisgá-la ,tem que Ter o cuidado de não encostar nas antenas da lagosta que ficam se mexendo o tempo inteiro, porque se forem tocadas, a lagosta inicia um processo de defesa ,dificultando a sua captura.

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Mycteroperca microlepis
Família Serranidae
Outros nomes: Badejo-saltão, Badejo-bicudo, Badejo-sapateiro, Sapateiro, Serigado-badejo.
Encontrado em fundos de areia próximos a áreas rochosas e coralinas, de águas costeiras.Cor geral pérola ou branco-esverdeado a cinza escuro com muitas escuras em forma de vermiculações, muitas vezes fundidas em manchas, dando ao peixe um aspecto marmorizado. Geralmente chega a 1 metro e 40 Kg , mas geralmente são menores. Sua carne é excelente. Muito cobiçado pelos caçadores submarinos devido a sua resistência e esperteza.

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Lutjanus cyanopterus
Família Lutjanidae
Outros nomes: Acará-aia, Caranha de viveiro, Caranhota.
Em parcéis e costões, até 60 metros de profundidade; os jovens penetram na água doce. Cinza a marrom escuro, ventre mais claro. Chega até 1,5 metros e 50 Kg. As Caranhas de mangue são menores(até 1 metro e 8 Kg).São muito desconfiadas e exigem do caçador muita cautela e paciência para arpoá-la. Peixe de escamas grandes formando uma verdadeira carapaça de proteção o que lhes confere uma condição quase que invulnerável, uma vez que, dependendo do angulo do tiro o arpão não atravessa as escamas. Para se conseguir aproximação suficiente que possibilite um bom tiro, principalmente quando a caranha está no cardume, o ideal é Mergulhar "encurralando" o cardume contra a pedraria. Depois de arpoada, dificulta muito a vida do caçador , se jogando contra as pedras e enlocando. Ela não se entrega com facilidade.

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Epinephelus marginatus
Família Serranidae
Existem várias espécies de garoupa, sendo as mais comuns a garoupa pintada e a garoupa de São Tomé dentre outras. A garoupa verdadeira atinge 1 metro e 60 Kg de peso e ocorre com mais predominância no sudeste do Brasil. Apresenta o corpo marrom-escuro com manchas irregulares esverdeadas. Habita fundos rochosos das ilhas continentais e costeiras, podendo ser encontrada também em navios e estruturas onde tem possibilidade de se refugiar. Vive normalmente solitária, raramente divide sua toca com outros peixes.
Todo caçador que teve a oportunidade de arpoar uma garoupa, foi protagonista de uma emoção diferente. É um peixe muito esperto, dotado de muita sensibilidade principalmente para detectar à distância a presença de estranhos em seu território. Isto lhe confere uma defesa a mais em relação aos demais peixes, uma vez que a presença do caçador pode ser denunciada mesmo ainda quando na superfície. A proximidade de cardumes de sargos e pirangicas é um bom sinal de sua presença. A preferência das garoupas recai sempre nas regiões das ilhas e costeiras que apresentam maior movimento de água, ou seja, o lado externo onde há maior oferta de alimentos. A profundidade mais provável de sua captura é abaixo dos 10 metros. O caçador ao se deparar com uma garoupa no fundo e estiver em plena apnéia, poderá observar que, ao procurar a melhor aproximação buscando um posicionamento ideal para o tiro ,o peixe tenta uma brexe fuga em direção a toca, voltando-se para observá-lo, repetindo essa manobra a cada aproximação. Quando isto ocorre é quase sempre possível conseguir um bom tiro

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Mycteroperca bonaci
Família Serranidae
Outros nomes: Badejo-do-alto, Badejo-ferro, Badejo padre, Badejo-preto, Saltão, Serigado, Serigado preto.
É específico de costões, recifes e parcéis, em fundos de rochas ou corais. É a maior espécie do gênero no Brasil ; bastante comum. Os grandes preferem águas além de 20 metros, os menores podem ser vistos em grupos de até 8 indivíduos em águas bem mais rasas. Alteram o tom da cor com grande facilidade. Cor variável, geralmente com manchas retangulares escuras e manchas hexagonais brônzeas na cabeça e parte inferior do corpo. Chegam até 1,3 metros e 90 Kg, geralmente bem menores. Sua carne é excelente, principalmente os exemplares de tamanho médio. Também é muito procurado pelos caçadores submarinos devido a dificuldade de se encontrar e de se arpoar.

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Mycteroperca acutirostris
Família Serranidae
Outros nomes: Badejete(menores), Badejo, Badejo-Saltão, Mira, Saltão(maiores), Serigado, Serigado-Itapoã.
Os badejos são parentes próximos das garoupas, habitando praticamente os mesmos locais, como fundo rochosos das ilhas, parcéis, recifes de corais, canais, muros de cais e estuários, vivendo em cardume de numerosos indivíduos. É comum encontrá-los sob lajes e em tocas, esperando emboscar algum peixe, crustáceo ou molusco descuidado. São grandes apreciadores de manjubas, podendo ser vistos dando corridas em direção à superfície em busca de capturar esses peixes em pequenos cardumes. O badejo-mira, é a espécie mais comum do nosso litoral, cresce até 80cm de comprimento e 4 Kg. Se caracterizam por "investigar" qualquer movimento diferente que se aproxime de seus domínios acercando-se do caçador, olhando-o de frente com extrema confiança, e essa é a hora de se dar o tiro.

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Epinephelus itajara
Família Serranidae
Outros nomes: Canapu, Canapu-guaçu, Garoupa-Mero, Merote(os menores) De fundos de rocha ou coral, entre 10 e 30 metros de profundidade, raro além dos 40 metros. Marrom, bege, chocolate ou oliváceo, com quatro ou cinco faixas, escuras, largas e diagonais, mais distintas nos jovens; ventre um pouco mais claro; pintinhas negras, especialmente na cabeça e parte anterior do corpo. Robusto, olhos pequenos. É a maior espécie da família, com mais de 2 metros e 300 Kg, podendo ultrapassar os 400.Peixe pacífico, de fácil aproximação, sendo fácilmente arpoável , mas complicado para se embarcar devido a sua enorme força. O melhor lugar para dar o tiro é um pouco acima dos olhos para atingir o cérebro e tentar apagá-lo. Esse peixe está na lista de extinção, por isso um caçador consciente deve evitar capturá-lo.

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Rhomboplites aurorubens
Família Lutjanidae.
Outros nomes: Areocó, Carapitanga, Mulata, Ciobinha, Realito, Vermelho-paramirim
Costeira, sobre fundos rochosos. Vermelha, o ventre rosado ou brancacento e linhas ou manchinhas azuis no dorso. Até 75 cm.

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Scarus coeruleus
Família Scaridae
Outros nomes: Perobu, Papagaio.
De fundos de rochas e corais , até 40 metros de profundidade. Azul marinho a azul esverdeado; placa dental branca; até 1,2 metros e 20 Kg.
Peixe de escamas grandes e carne mole, por isso, o caçador tem que dar um bom tiro para não perdê-lo.
É usado para fazer engodo para atrair outros peixes
Carne branca, excelente para se fazer filé. Alguns restaurantes desonestos o usam como se fosse carne de Badejo.

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Lutjanus bucanella
Família Lutjanidae
Outros nomes: Vermelho, Vermelho-dentão, Pargo, Pargo-boca-preta.
De águas entre 10 e 200 metros, sobre fundos rochosos. Vermelho a rosado, o ventre mais claro; olho vermelho; dois dentes avantajados; nadadeiras pélvicas e anal amareladas, dorsal avermelhada, caudal laranja. Até 75 cm e 14 Kg. Mais comum no nordeste do Brasil.
Peixe curioso que se aproxima com facilidade do caçador. O tiro deve ser bem dado pois possui carne mole, se rasgando com facilidade. Depois de arpoado, briga muito tentando entrar nas tocas
Possui carne de excelente sabor, principalmente quando assado.

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Balistes ventula
Família Balistidae
Outros nomes: Cangulo-real, Cangulo, Cangulo-verdadeiro, gatilho, peixe-porco, peroá preta.
Em fundos rochosos e coralínos, e nas áreas arenosas próximas. Cor variando de verde-azulado a amarelo-cinza ou marrom esverdeado; um círculo azul em volta da boca, com ramo para trás ; estrias amarelas com centro azul irradiam-se do olho. Atinge até 60 centímetros.
Peixe não capturado por alguns caçadores devido a não ser considerado um peixe esportivo. Fácil de se arpoar e quase impossível de se rasgar devido a sua pele(couro) .O caçador tem que Ter cuidado ao manusear este peixe , pelo fato de que esse peixe tenta morder tudo que vê pela frente. Não causam muitos estragos , mas faz pequenas feridas que doem muito.

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Archosargus probatocephalus
Família Sparidae
Outros nomes: Sargo, Sargo-do-mar
Habita os mesmos locais do sargo-de-beiço, preferindo as águas mais rasas onde a pedraria se encontra com a areia. Embora com o mesmo prenome, não pertence a mesma família do sargo-de-beiço, tendo como parentes próximos o pargo e o marimbá. Os exemplares mais jovens apresentam estrias verticais no corpo bem nítidas quando retirados da água. Embora possam alcançar 90 cm de comprimento e 9 Kg de peso, são mais comuns com o tamanho máximo de 50 cm, com 3 a 4 Kg. Peixe bastante arisco e sempre alerta à aproximação do caçador ; pedaços de crustáceos triturados pode ser um sinal de sua presença no local.

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Caranx hippos
Família Carangidae
Outros nomes: Aracaroba, Aracimbora, Cabeçudo, Carimbamba, Guaracema, Guaracimbora, Guiara, Xaréu-roncador, Xaréu-vaqueiro, Xexém.
O xaréu é um peixe que ocorre tanto na costeira quanto em águas mais distantes do litoral. São encontrados tanto na superfície como no fundo, por vezes em grandes cardumes ou mesmo em pequenos grupos isolados. São extremamente vorazes e quando encontram o cardume de sardinha ou manjuba, organizam-se e atacam em conjunto encurralando suas presas, contra bancos de areia , costões ou mesmo costados de navios. Os exemplares maiores preferem as águas mais afastadas e quase sempre são solitários. O xaréu ultrapassa 1 metro de comprimento e mais de 25 Kg de peso, no entanto o mais comum é encontrá-lo com mais ou menos 50 cm e pesando de 5 a 7 Kg.
Outras espécies de Xaréu:
- Xaréu branco - Alectis ciliaris
- Xaréu preto - Caranx lugubris

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Scomberomorus brasiliensis
Família Scombridae
Outros nomes : Sororoca, Cavala-pintada, Serra, Serra-pima, Serrinha.
A sarda é um peixe de passagem que prefere os costões, ilhas e praias abertas; formam pequenos grupos e, quando adultos são solitários. A linha lateral de sensibilidade é o principal fator que diferencia a sarda da cavala, pois a curva no meio do corpo é em declive gradual e não abrupta como na cavala. A sarda pode atingir 1 metro de comprimento e 7 Kg de peso. Na região sudeste ocorre de junho a meados de outubro/ novembro. É encontrada na meia água e, quando arpoada, costuma correr no sentido horizontal, quase na superfície não procurando refugio nas pedras. O arbalete longo (1 metro) é a arma ideal para a caça da sarda uma vez que permite maior precisão pois o peixe é estreito na altura.

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Rachycentron canadun
Família Rachycentridae
Outros nomes: Bijupirá, Biju, Cação de escama, Canado, Chancarona, Parambiju e Peixe rei
Pelágico e costeiro, encontrado da superfície a cerca de 150 metros. Isolado ou em pequenos grupos, e comum sob detritos flutuantes como caixas e pedaços de madeira e junto a jamantas e tartarugas. Penetra em canais costeiros em certas épocas do ano,do fim da primavera a meados do verão. Marrom a oliva, dorso algo mais escuro, Flanco e ventre muito claros. Duas faixas longitudinais escuras.Tais faixas são mais nítidas nos jovens, menos nos adultos, onde o corpo é bem mais escuro em geral. Até 2 metros e 55 Kg , geralmente menores, com cerca de 1 metro e 12 Kg. É um excepcional peixe esportivo e de carne excelente

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Trachinotus carolinus
Família Carangidae
Outros nomes:Palombeta, Pampo-cabeça-mole, Pereroba, Samenduara.
O pampo é encontrado em toda a costa brasileira principalmente em ilhas continentais e parcéis próximos. Nas águas brasileiras são encontradas 5 espécies que apresentam em comum o posicionamento da boca que é localizada quase na porção ventral. É raramente encontrado nas ilhas oceânicas, pois dá preferencia a regiões com boa oferta de zooplâncton e invertebrados expostos na água pelo movimento. É comum encontrá-lo próximo à superfície junto à arrebentação, onde o mar provoca intenso batimento, arrancando moluscos e crustáceos das pedras.
A exemplo dos demais da sua família, o pampo, por possuir o corpo achatado nos flancos, quando arpoado no centro rasga-se facilmente.
Outras espécies de pampo:
- Pampo Galhudo - Trachinotus goodei
- Samendoara - Trachinotus falcatus

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Seriola dumerlii
Família Carangidae
Outros nomes: Arabaiana, Olhete, Pitangola, Tapiranga, Tapireca.
Peixe com corpo de aerodinâmica perfeita, adaptado para travessias de longa duração sendo muito veloz. Possui cor prateada, quase branca nos flancos e na região ventral, contrastando com o azul intenso do dorso. Uma linha escura que se desenha no sentido longitudinal do corpo é mais visível quando o peixe está debaixo d`água. Seus olhos são negros , grandes e expressivos. Peixe de rara beleza, sua figura exprime força e velocidade.
Geralmente se apresenta em cardumes nas vizinhanças de ilhas e parcéis onde encontra seu alimento baseado em peixes pequenos e alguns invertebrados dando preferência às lulas. Exemplares mais jovens podem ser encontrados acompanhando algas flutuantes ou eventualmente sob a arraia jamanta principalmente em áreas afastadas da costa. Peixe de muita força e velocidade , sendo necessário arpoá-lo bem para não rasgar, pois luta bravamente para se soltar do arpão. Para caçar um olho de boi grande, ou seja, acima de 10 Kg o caçador deve se acercar de alguns cuidados, principalmente quanto ao ponto de impacto do arpão. Acertar na cabeça (logo abaixo dos olhos) é praticamente certa a recuperação e embarque do peixe, esta região é dotada de bastante cartilagem e placas ósseas que permitem uma boa fixação do arpão; outro ponto é na parte alta da cabeça, logo atrás do opérculo branquial, pois neste ponto está localizado o cérebro do animal que atingindo, paralisaria todo o sistema locomotor do peixe, no entanto suas dimensões são reduzidíssimas o que dificulta sobremaneira acertá-lo.
Ao acertar o arpão no olho de boi, o caçador começa a ter alguma possibilidade de captura, pois a reação deste peixe é violenta. Para se libertar do arpão, esfrega-se contra as pedras dilacerando-se e, por vezes consegue escapar. No entanto,se tiver bem arpoado, será certa a sua captura; este peixe tem pouca vitalidade ao esforço máximo, esgotando rapidamente suas reservas de energia. Por este motivo o caçador deve esperar o momento certo do tiro , quando o peixe se aproxima e faz circunvoluções( em número de duas) , procurando permanecer à meia água , imóvel e em posição de tiro. Em água limpa o caçador deve atentar para a projeção de sua sombra nas costas do cardume, isto os espantaria irremediavelmente; na metade do dia, a projeção da sombra estará sempre controlada pelo caçador, não sendo necessária a escolha constante do angulo do mergulho. O olho de boi é um peixe curioso que se aproxima do deu objetivo em voltas circulares, basta então mergulhar a meia água no momento certo, ou seja, quando o peixe passa pela primeira volta no momento em que se afasta. Atinge 1,8 metros de com

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Scomberomus cavalla
Família Scombridae
Outros nomes: Cavala-perna-de-moça, Cavala-preta, Cavala-sardinheira, Cavala verdadeira e Sarda cavala. Da costa ao mar azul,da superfície a cerca de 80 metros de profundidade, na coluna d´agua e não hesita em se aproximar de costões baías e enseadas. Cor azul-escura no dorso, branco-prateada na região inferior. Até 1,7 metros e 45 Kg Apresenta uma carne de um aspecto seco. Depois de arpoada tende a correr muito, levando muitos metros de corda, e por isso tem que ser trabalhada com cautela sem afrouxar a linha.

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Seriola lalandi
Família Carangidae
Outros nomes: Arabaiana, Olho de boi, Pitangola, Tapireca, Urubaiana.
Costeiro, da superfície ao fundo, até 100 metros de profundidade, próximos a fundos rochosos. Dorso cinza a verde-azulado, flancos e ventre brancos; faixa cor de cobre do olho à cauda e outra, escura e diagonal, da ponta do focinho à nuca, passando pelo olho, cauda amarela. Lembra o olho de boi, que tem cauda escura e corpo mais alto. Até 1,5 metros e 40 Kg .

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Trachurus lathami
Família Carangidae
Em cardumes grandes ou grupos, da costa a ilhas oceânicas. Cinza-prateado, ventre claro e dorso verde-azulado; mancha escura no opérculo indistinta. Quase todas as escamas da linha lateral são em forma de escudos. Atinge até 40 cm. Carne escura de sabor mediano

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Pomatomus saltatrix
Família Pomatomidae
Outros nomes: Anchova, Enchova-baeta, Enchovinha, marisqueira.
Pelágico, de águas costeiras ao mar aberto. Prateada, o dorso variando de azul escuro a verde. Boca grande, com dentes fortes, chatos e triangulares. Até 1 metro e 12 Kg , excepcionalmente chegando a 20 Kg. Carne de excelente sabor.
Por Ter uma carne mole, é aconselhado dar o tiro na cabeça ou no dorso transversalmente, pois se rasga com muita facilidade.

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Trachinotus falcatus
Família Carangidae
Outros nomes: Sernambiguara, Arabebéu, Pampo-arabebéu, Pampo-gigante, Tambó.
Possuem hábitos mais solitários, pois formam cardumes de até 20 indivíduos, diminuindo o número à medida que crescem.
Este peixe tem predileção por conchas , carangueijos e siris, triturando-os e expelindo suas cascas pelas guelras. É a espécie de maior tamanho dos pampos , podendo alcançar até 1,20 metros de comprimento e 40 Kg de peso. É peixe típico de águas claras do verão, pois precisa ver sua presa para caçar.
São comuns em ilhas afastadas, parcéis e lajes, procurando sua alimentação junto ao cascalho do fundo, ou na arrebentação das ondas nas pedras que afloram a superfície; comum nas águas rasas desde 1 metro a 5 metros. Peixe ágil e muito resistente que exige um tiro certeiro para se conseguir embarcá-lo. A aproximação silenciosa é de vital importancia para se conseguir sucesso nessa pescaria. É inútil arpoá-la no centro do corpo, uma vez que o peixe se desvencilha do arpão com facilidade, chegando a se debater contra as pedras para se libertar. O ideal é conseguir a maior aproximação possível, com o mínimo de movimentos, para o tiro certeiro.

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Centropomus paralelus (Robalo-flecha)
Centropomus undecimalis (Robalo-peba)

Família Centropomidae
Outros nomes: Robalo-flecha : Camorim, Camuri, Camuri-açu, Flecha, Robalão, Robalo-bicudo. Robalo-peba: Camorim, Camorim-corcunda, Camorim-peba, Camorim-pena, Camorim-tapa, Camuripeba, peba.
O Robalo é bastante comum no litoral brasileiro, e habita os recifes, ilhas e parcéis mas tem preferência por canais estuarinos e mangues. Sua alimentação é a base de peixes e crustáceos e é comum encontrá-los no fundo arenoso próximo às pedras em regiões costeiras rasas junto à desembocadura de rios e lagoas estuarinas.
No Brasil são conhecidas cinco espécies, sendo que os maiores são vistos normalmente em pares, atingem cerca de 1 metro de comprimento e no máximo 20 Kg de peso.
Ao se deparar com o cardume, o caçador deve submergir a meia água e permanecer o mais imóvel possível esperando a aproximação de um que lhe seja mais favorável ao tiro. As armas curtas são mais apropriadas para a caça do robalo por permitirem maior aproximação

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Pagrus pagrus
Família Sparidae
Outros nomes: Pargo-Amarelo, Pargo-liso, Pargo olho de vidro e Pargo rosa.
De fundos rochosos e coralinos, entre 10 metros a 200 metros de profundidade. Rosado, mais escuro no dorso e pálido no ventre; nadadeiras avermelhadas. Atinge até 90 cm.

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Diapterus rhombeus e Diapterus auratus
Família Gerreidae
Outros nomes: Carapeba branca, Acará-peba, Caratinga
Costeiros, em todos os ambientes. Prateada,escura no dorso; nadadeiras anal e pélvicas amarelas. Corpo alto, comprido.Atinge até 40 cm.

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Diplodus argenteus
Família Sparidae
Outros nomes: Pinta-no-cabo, Chinelão, Maria-chinelo, Marimbá-chinelo, Pargo-branco, Pinta-no-rabo, Sargo.
Costeiro, em fundos rochosos, até 50 metros de profundidade. Prateado, o dorso mais escuro e uma mancha, redonda e negra, na base superior do pedúnculo caudal; jovem com cerca de 20 cm, tem faixas escuras, verticais, que podem permanecer nos adultos. Corpo ovalado, compresso e alto. Atinge até 45 cm.

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Sphyraena barracuda
Família Sphyraenidae
Outros nomes: Bicuda, Bicuda-branca, Bicuda do alto, Bicuda de Corso, Bicuda grande, Carana, Gaviama, Goriana.
Muito comuns,em vários habitats, de canais de mangue a pleno mar aberto, onde são pelágicos. Cinza-azulado a verde no dorso, flanco prateado, ventre branco; algumas manchas negras irregulares no flanco.Boca grande com dentes caninos,alguns impressionantes. Até 2 metros e 48 Kg , geralmente um pouco menores. Há registros de ataque a caçadores submarinos , devido ao hábito de se carregar os peixes em fieiras na cintura. Geralmente quando ela vê um caçador , ela vai na sua direção e, quando chega bem perto ela vira a cabeça para tentar voltar, esse é o melhor momento para arpoá-la.

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Mugil liza
Família Mugilidae
Outros nomes: Cacetão, Cambiro, Curimã, Sauna, Sauna-açu, Tainha-de-corso, Tainha-de-rio, Tainhota, Tapiara, Akira.
Costeiro, penetra estuários, mangues e mesmo água doce. Estrias escuras horizontais na maior parte do corpo; pélvica amarelada e as demais nadadeiras com áreas escuras esparsas. Atinge 1 metro e cerca de 8Kg.

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Chaetodipterus faber
Família Ephippidae
Outros nomes: Enxada, Paru, Tareira
Costeira,até 40 metros de profundidade. Cinza pérola com barras pretas verticais. Grandes adultos podem ser de cor geral cinza-prateada. Corpo arredondado, alto e muito comprido. Até 90 cm e 9 Kg. Geralmente menor(até 4 Kg).Andam geralmente em grandes cardumes , e quando passam ,se o caçador não se concentrar e mirar apenas em um , provavelmente irá perder o peixe.

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Gymnothorax funebris
Família Muraenidae.
Outros nomes: Moréia-verde, Miroró, Mutuca, Tororó.
Em fundos de corais e rochas até 40 metros de profundidade. Verde uniforme, raramente marrom, azul ou amarela. A maior caramuru do atlântico, chega até 2,5 metros e até 15 Kg.

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Ginglymostoma cirratum
Família Ginglymostomatidae
Outros nomes: Lambaru, Barroso, Lixa, Gata.
Um tubarão costeiro, de água rasas, vive no fundo, próximo a rochas e corais. Bege a marrom avermelhado, eventualmente cinza, pouco mais claro inferiormente. Olhos pequenos; um barbilhão em frente de cada narina. Até 4 metros, geralmente com 2,5 metros e 150 Kg.

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Selene vomer

O galo de penacho vive em águas costeiras, próximo a fundos de areia e cascalho. Forma cardumes
não muito numerosos, sendo que os exemplares maiores vivem apenas em grupos, aos pares ou
solitários. Alimentam-se de peixes e crustáceos.

Tem um corpo muito alto e comprimido. Perfil anterior da cabeça quase reto da ponta do focinho ao
alto da cabeça. A sua nadadeira pélvica é bem pequena. Os lobos das nadadeiras dorsal e anal são muito
longos. Tem em geral uma cor prateada, sendo o seu dorso escuro, com reflexos azul-metálico nos
flancos. Conforme a literatura, os adultos pesam até 2kg e atingem um tamanho de até 50cm.

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Anisotremus surinamensis
Família Haemulidae
Outros nomes: Beiçudo, pirambu, sargo
É um peixe de hábitos territoriais que habita a costeira e ilhas sendo encontrado sempre em cardumes. Prefere habitar em águas rasas que tenham muitas tocas , uma vez que durante o dia se esconde para intensificar sua busca ao alimento nos finais de tarde, a noite e no início do dia. Alimenta-se principalmente de crustáceos, ouriços, mariscos e pequenos peixes. É praticamente certo encontrar o cardume de sargos na stocas cuja superfície apresente lajes expostas a arrebentação, pois alimentam-se tambem das sobras orgânicas arrancadas das pedras pela força das marés.
O sargo pode atingir até 80 cm de comprimento e 10 Kg de peso. Os exemplares mais jovens adquirem hábitos mais solitários .Quando arpoado, o sargo dificilmente escapa do arpão, pois sua carne é firme e as escamas são apoiadas numa espécie de couro. Quebrar alguns ouriços , mariscos e deixá-los nas proximidades das tocas pode atrair os sargos maiores.

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CAMURUPIM



Megalops atlanticus
(Valenciennes, 1847)
Família: Megalopidae
Inglaterra: Tarpon
Espanha: Tarpón
França: Tarpon Argenté


Características: Corpo alongado, moderamente alto e comprido lateralmente. Boca grande e bastante inclinada. O último raio da nadadeira dorsal é muito prolongado. Pélvicas em posição anterior à dorsal. Caudal furcada. Escamas grandes.

Coloração: Dorso cinza-azulado escuro com os flancos e ventre prateados.

Ocorrência: Nas águas tropicais e temperadas quentes do Atlântico e Pacífico. No Brasil, são mais comuns no Norte e Nordeste.

Habitat: Pelágicos costeiros, habitam as águas salobras, estagnadas e estuarinas das baías, mangues, lagoas e estuários e até mesmo a água doce dos rios.

Hábitos: Os mais jovens são encontrados com freqüência nas águas estagnadas (piscinas temporariamente separadas do mar), pois toleram muito bem baixos níveis de oxigênio através de uma modificação na bexiga natatória, utilizada como reserva de ar que engole periodicamente na superfície. Apesar dos adultos normalmente serem vistos solitários nas águas costeiras nadando próximo da superfície, podem em determinadas áreas formar cardumes que se mantêm unidos por anos seguidos. Na época de acasalamento (entre abril e agosto), migram e formam grandes cardumes em alto mar. Alimentam-se de peixes, como as sardinhas, enchovas e tainhas, e de caranguejos. Assim como a ubarana, o tarpão também apresenta o estágio de larva em seu desenvolvimento.

Captura: Sua carne, com muita "espinha", apesar de não ser de boa qualidade é apreciada em alguns locais e pode ser encontrada fresca ou salgada. O caçador deve procurar atirar na cabeça ou entre uma escama e outra caso comtrario só ficará com a escama para comtar a história. Se não apagar o peixe ele dará trabalho para ser embarcado.

Outros nomes vulgares: Camarupi, Camarupim, Camburupu, Camorubi (PE), Camorupim, Camuripema (PB), Camuripim, Camuripi, Camurupim (RJ), Cangurupi, Cangurupim, Conjurupi, Pema, Pirapema, Pomboca, Cuffum (Barbados), Peixe-prata (Portugal), Sábalo (Cuba) e Tarpone (Itália).

rimento e 80 kg de peso.

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